quinta-feira, 13 de outubro de 2016

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA É TEMA DE PALESTRA DO PROF. MESTRE PAULO ROBÉRIO FERREIRA SILVA

A Escola, particularmente a pública, cumpriria uma função social? Qual seria e como a mesma se realiza? Como este questionamento o Prof. Mestre Paulo Robério Ferreira Silva ministrou palestra neste sábado (30 de abril de 2016) na E.E. Ministro Petrônio Portela. O evento contou com a participação do corpo docente e da equipe gestora da referida Escola.

Para responder a tais questões – tema que tem merecido uma atenção cada vez maior não apenas dos pesquisadores, mas também dos profissionais da educação, dado a emergência da Escola neoliberal – foram enfatizados três campos de reflexão: o primeiro quando aos aspectos da Escola neoliberal e a comparação reflexiva da Escola atual, ambientada numa sociedade democrática/cidadã e a Escola não-democrática do período do autoritarismo militar.

O segundo eixo reflexivo se referiu as teorias educacionais predominantes no século XX e início do século XXI. Discutiu-se sobre a teoria não-crítica; teoria crítico-reprodutivista, vinculada a ordem do capital e a teoria histórico-crítica, emergente na últimas décadas e que pretende superar os limites dos determinismos da Escola neoliberal que passam a se expandir no Brasil a partir da década de 1990.

Por fim, discutiu-se aspectos do conhecimento sócio-histórico (dialético) que seria o substrato na realização da função social da Escola na atualidade. Em linhas gerais, a ideia central é que a Escola cumpre esta função social quando socializa saberes escolares que são oriundos da ciência e no diálogo com as experiências individuais dos educandos resultam em possibilidades de transformação da realidade conforme as reais necessidades e expectativas destes sujeitos sócio-cultural-históricos, considerando a realidade vivida, ou seja, as circunstâncias e contingências.

Tal perspectiva, além de atender aos princípios legais, como se vê no Art. 205 da Constituição Federal, que diz ser “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, encontraria suporte teórico no pensamento do sociólogo húngaro Gyorgy Lukácks: “a problemática da educação reenvia à questão sobre a qual ela se funda: a sua essência consiste em influenciar os homens a fim de que, frente às novas alternativas da vida, reajam no modo socialmente desejado. Ora, este propósito se realiza sempre – em parte – e isto contribui para manter a continuidade na transformação da reprodução do ser social”.

Várias e importantes indagações dos profissionais ali presentes foram feitas no momento de debate o que revelou a importância da discussão para o aperfeiçoamento profissional e para que a própria Escola possa ampliar a qualidade do atendimento dado a sua clientela.

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