quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PROF. MESTRE PAULO ROBÉRIO FAZ PALESTRA NO IFNMG EM JANUÁRIA

O Prof. Mestre Paulo Robério Ferreira Silva realizou na última quinta-feira (24) uma palestra no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), em Januária, na 1ª Mostra de Educação: debates para um novo ensinar. Com o tema “A Escola do Conhecimento e a (re)invenção de sentidos” discutiu-se a necessidade de se superar o modelo economicista de escola, sustentado pelo paradigma neoliberal, em favor de uma escola democrática que, fundada em uma educação integral, promoveria efetivamente as transformações sociais clamadas pela sociedade.

A discussão realizada para centenas de atentos graduandos orientou-se pela proposta de se refletir sobre o avanço da escola economicista, que nas últimas décadas tem se tornado hegemônico nos sistemas de ensino público no país, a exemplo do que ocorre com a rede estadual em Minas Gerais. Atrelada aos interesses de mercado e aproveitando-se da deserção do Estado em relação aos contextos econômicos, políticos e sociais, entre outros, resultado da ideologia do Estado mínimo, este modelo de escola tem contribuído para acentuar a distância que separa a elite privilegiada da grande maioria da população, ao oferecer um ensino voltado, fundamentalmente, à formação de mão de obra para o mercado, em detrimento de uma formação integral.

A possibilidade de construção de uma escola democrática, conforme apresentado pelo Prof. Mestre Paulo Robério, dependeria da consubstanciação de um novo pacto social. Seria preciso, seguramente, responder de outra forma a pergunta: “qual sociedade nós desejamos?” Afinal, o modelo excludente desenvolvido nestes quinhentos anos de história resultou em uma sociedade extremamente violenta, em que a grande maioria da população não participa efetivamente das benesses produzidas pela própria sociedade.

Uma formação integral que poderia ser oferecida pela escola democrática – aquela que privilegia a autonomia dos sujeitos, na relação entre suas experiências e o mundo formal/moral resultado dos saberes construídos ao longo da história pela humanidade – seria palco para as transformações sociais desejadas e para a emergência da cidadania e da democracia como possibilidades de organização da própria sociedade. Dito de outro modo, a escola integral/democrática seria o palco para a manifestação dos sujeitos sócio-histórico-culturais, aqueles capazes de decidir, agir e significar as suas próprias existências a partir dos interesses das coletividades em que estão inseridos, valendo-se do princípio do Bem Comum.

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