quinta-feira, 27 de outubro de 2016

ÉTICA PARA A DIVERSIDADE É TEMA DE PALESTRA DO PROF. MESTRE PAULO ROBÉRIO

O Prof. Mestre Paulo Robério F. Silva realizou nesta quarta-feira (26. Out. 2016) uma palestra para o curso de Serviço Público do Instituto Federal do Norte de Minas. No evento que ocorreu na Câmara de Vereadores de Manga, o Professor versou sobre a necessidade urgente de se construir uma ética no serviço público voltada para a diversidade, considerando que esta condição é inerente a formação da sociedade brasileira.

A necessidade para a construção de uma ética para a diversidade se justificaria pelo fato de o Brasil precisar construir uma utopia que tenha a diversidade que constitui a sociedade brasileira, resultado do amálgama de diversos e diferentes grupos ético-culturais nativos, de origem africana, européia e também asiática, como seu mito fundador.

Neste sentido, a relação entre Estado e sociedade, que se materializa nos serviços público resultado das políticas púbicas, precisaria observar tanto a condição desta diversidade – uma das mais pujantes do mundo – como a (re)invenção da democracia, considerando a sua essencialidade em uma sociedade cidadã, quando é necessário a efetiva participação da sociedade nas tomadas de decisões.

Do mesmo modo, uma nova ética no serviço público, tendo a diversidade como elemento norteador, também não prescindiria da iminência de superação do patrimonialismo, ou seja, da apropriação do que é público pelo privado, considerando que esta tem sido uma das principais características da sociedade brasileira, que tem no escravismo, mesmo em pleno século XXI, a sua principal estrutura organizacional.

Em síntese, a relação Estado/sociedade, mediada pelo serviço público, precisaria ser urgentemente reinventada no sentido de atender a esta característica fundadora da sociedade brasileira: a diversidade. A manutenção da ordem que até aqui vigorou, que já teria se justificado insuficiente, como mostra a existência de uma das sociedades mais desiguais e violentas do mundo. Exemplo disso é a “caça” feita diuturnamente aos mais pobres, culpados exclusivos pela sua pobreza.


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